quinta-feira, 26 de maio de 2011

DOMINIQUE STRAUSS-KAHN

Dominique Strauss- Kahn era o senhor FMI. Trata-se de uma das principais e influentes figuras da política europeia, sendo talvez o homem mais poderoso da Europa.

Os seus planos de resgate para a Europa estão a dizimar a economia europeia (esse é o plano).

Vejam a Grécia um ano após o resgate do FMI, está numa muito pior situação e tem que renegociar a sua dívida. Isto representará ainda mais austeridade para o povo grego.
Mais austeridade só fará diminuir ainda mais as possibilidades para a economia se recompor. Este é um ciclo degenerativo e mortal que só poderá levar qualquer país à bancarrota (essa é a intenção).

Portugal está para receber um resgate do FMI. Irá entrar num ciclo de dívida que nunca poderá pagar como está a Grécia.
Na calha para mais resgates estão a Espanha e a Itália. Outros países se seguirão até todos ficarem presos nesta armadilha mortal.

Resgate significa austeridade. Austeridade significa aumento de impostos, mais taxas, mais horas de trabalho, diminuição de salários, aumento nos bens essenciais como a água, electricidade, etc pois todos teremos que ‘contribuir’ para o pagamento da dívida.

Simultaneamente, estas injecções de capital terão como consequência, uma subida drástica da inflação o que não vem ajudar em nada.

Em conclusão:
O sistema monetário está ferido de morte.
Esta malfadada política de resgates contribui apenas para dar mais tempo de sobrevivência ao sistema monetário que está em colapso. E isto está a ser feito à custa dos cidadãos, roubando-lhes o pouco que ainda lhes resta para poderem saldar as suas dívidas.
Trata-se de um golpe mafioso, de uma fraude monumental como todo o sistema monetário o é.

Factos:
- No sábado, 14 de Maio, Dominique Strauss-Kahn foi preso sob a suspeita de assalto sexual no avião minutos antes da partida.
- Segunda-feira, 16 de Maio, os Estados Unidos estavam oficialmente na bancarrota por terem atingido o seu tecto de dívida que é de 14,8 triliões de dólares.


Não é difícil de imaginar por que motivo Strauss-Kahn, o senhor FMI teria viajado até aos Estados Unidos.

Obama estava a precisar urgentemente de dinheiro e a sua última opção seria um resgate do FMI.
A história da agressão sexual, mesmo que verdadeira, é o que tem menos importância em termos de política financeira internacional.

Se o encontro entre a administração Obama e Strauss-Kahn tivesse corrido bem, este não teria sido exposto ao mundo da maneira como o foi. Lembro que DSK foi retirado à força do interior de um avião francês, violando a lei internacional de imunidade diplomática.


Supostamente o caso teria sido abafado, o silêncio da mulher comprado e tudo seria resolvido como sempre.
Esta aparente falta de suporte não costuma ser tradição entre a elite.

Por outro lado, a saída de Strauss-Kahn da jogada, coloca toda a política de resgates levada a cabo pelo FMI em dificuldades, talvez precipitando mesmo a sua suspensão.
A suspensão da política de resgates será um alívio para a Europa e para o mundo pois ficam livres desta pílula de arsénio.

Eles terão que encontrar uma outra forma de arranjar dinheiro para o seu sistema continuar a funcionar mas não têm tempo.
Estão desesperados.
O próprio sistema terá que mudar e eles não o querem admitir pois perderão as suas regalias.
Mas não têm escolha.


Trata-se de uma guerra financeira que tem sido mantida nos bastidores mas que acabará por vir à tona mesmo que não seja na sua totalidade. 
Uma peça importante foi neutralizada. Qual será a jogada de resposta?
Um jogador desesperado e sem saída pode tornar-se violento e inconsequente.

Estejamos atentos.

Boa vida!

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