segunda-feira, 6 de junho de 2011

ELEIÇÕES 2011 & FMI

Nunca antes os resultados de uma eleição legislativa foram tão previsíveis como os de 2011.
Mas o teatro foi montado e concretizado para continuar a dar a ilusão que o povo ainda tem alguma opção de escolha.

Como acontece na maior parte dos países que se dizem democráticos, o poder é repartido entre dois partidos políticos que se substituem na governação do país. Aqui em Portugal isso é concretizado com o PS e o PSD.

Quando o povo percebe que o partido que está no governo não o protege, elege o outro partido com a esperança que este faça o que deve fazer, esquecendo-se da sua actuação anterior.
E o que acontece é que o partido agora eleito apenas dá continuidade do essencial da política anterior.

Mudam-se os protagonistas mas o resultado prático é o mesmo. Isto acontece porque ambos os partidos seguem a mesma agenda que lhes é imposta por quem realmente tem o poder – a banca.

A peça de teatro que se desenrolou hoje mostra um final feliz para o PSD mas será também a maior demonstração, como nunca acontecera antes, de quem realmente irá governar Portugal nos próximos anos – o FMI e a União Europeia.

A política do FMI é continuar com a política dos resgates pois constituem uma excelente arma para destruir a economia de qualquer país enquanto enriquecem à custa das suas populações.

Ao contrário do que fazem crer, os resgates não contribuem para a estabilidade e crescimento da economia.
Os resgates são empréstimos e estes terão de pagos com juros. Para o Estado poder cumprir com o pagamento das altas prestações terá que inevitavelmente tomar medidas de austeridade como aumentar os impostos para arrecadar mais dinheiro.

O aumento da carga fiscal sobre uma economia já debilitada é contribuir para a aceleração da sua morte, enquanto a indústria e o comércio vão encerrando portas, o emprego vai aumentando e a pobreza vai-se alastrando.
Com a decadência da economia o Estado arrecada menos impostos e chegará novamente o tempo em que não terá dinheiro suficiente para pagar as prestações, ficando à mercê dos seus credores – o FMI e a União Europeia.

Não é preciso ser economista para perceber qual o futuro de um país que cai na armadilha do buraco sem fundo dos resgates. Basta olhar para o exemplo da Grécia que neste momento está prestes a perder a sua soberania.

A política do próximo governo irá ser a política dos nossos credores que pouco a pouco irão propositadamente dizimar a economia, empobrecer a população e comprar o país a preço de saldo.

E tudo isto é uma fraude.
A principal causa da insolvência geral é a actuação fraudulenta da banca que, não conseguindo mais dar cobertura aos seus negócios escuros e venda de produtos tóxicos sem qualquer validade, chegou à bancarrota.
Para arranjar dinheiro, utiliza outra fraude a que chama de resgate.

Vejamos, a maior parte do dinheiro recebido dos resgates é distribuída pela banca. Trata-se mais do resgate da banca do que do próprio país e quem paga são os contribuintes.
Isto é, a banca está a capitalizar-se à custa dos impostos dos cidadãos e isto passa-se com o beneplácito dos políticos que certamente sabem o que realmente se passa mas estão demasiado dependentes dos jogos de poder.


Soluções?
Claro que há e certamente a resposta não está nos resgates.
Seria necessário uma grande coragem política tomada de forma conjunta entre vários países.

Não creio que esse passo, que será necessário para salvar a sociedade, se inicie na Europa devido ao carácter centralizador e fascista em que se tornou a União Europeia.
O ideal e o mais provável é que ele seja dado nos Estados Unidos que rapidamente acabará por se repercutir na Europa e resto mundo.

Estamos a atravessar uma guerra financeira mundial em que se utiliza a dívida como arma para conquistar nações e os seus povos.

Dominique Straus-Kahn, que dirigia a política de resgates do FMI saiu da circulação.
Terá sido coincidência?
Terá sido uma baixa de guerra?
Quem será o(a) sucessor(a)?

A Europa já fez a sua escolha mas os países emergentes querem ter a oportunidade de avançar com um candidato.
Haverá mudanças na política do FMI?
Será que os resgates continuarão?

Portugal parece estar a receber em tranches pequenas.
Grécia já recebeu mas agora precisa de mais uns milhares de milhões. Espanha e outros países estão na fila.
Mas de onde vem todo esse dinheiro?

Boa vida!

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