domingo, 7 de agosto de 2011

PROTESTOS EM TOTTENHAM, WEST LONDON

A BBC está a mostrar imagens de uma desordem pública em Tottenham, Norte de Londres. Estes protestos não têm nada haver com a situação económica do país, a razão comum dos protestos que têm acontecido por toda a Europa.
As notícias falam de uma morte provocada por um policial.
A área parece circunscrita por um cordão policial que mantém o público afastado. Vários focos de incêndio e viaturas da polícia destruídas mostram a violência dos desacatos.

Leon Neal/AFP/Getty Images
Este acontecimento mostra claramente que as pessoas estão com os nervos em franjas e fartas de injustiças (o ataque às viaturas policiais).
A austeridade imposta a todo uma população que já começou a perceber que eles e os seus filhos irão ter que pagar os prejuízos causados por outros que, entretanto, se fartaram de ganhar fortunas com a sua fraude ao longo dos últimos anos, começa a atingir os limites do tolerável.
Aqui falo da população da Europa, dos Estados Unidos, do Canadá e de muitos outros países que têm sido subjugados por este sistema monetário.
Esta população está a atingir os limites.
Bastará uma pequena faísca para desencadear uma reacção em cadeia, como parece ter acontecido em Tottenham hoje.
Será um indicador?

Leon Neal/AFP/Getty Images
Eles escudam-se que a crise é mundial.
Não, a crise é do sistema económico ocidental que está baseado em ‘Dívida’. Esta dívida tem se vindo a acumular e agora é impagável.
O sistema atingiu o seu limite e ainda só se mantém a funcionar devido a artifícios fraudulentos como a história dos resgates dos países em dificuldades.
Mas a crise não é mundial. Cerca de 50% do mundo está em franco desenvolvimento. Países como a China, a Rússia, o Japão (antes do sismo), a Índia, o Brasil e outros têm as suas economias em plena expansão.
Não, a crise não é mundial.

Assistimos ao espectáculo, ao drama desenvolvido à volta do aumento do limite da dívida dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos estão na bancarrota há muito tempo. Possuem a maior dívida externa do mundo. Este foi mais um artifício para se aguentar mais um pouco. Quanto? Não muito pois os principais credores (China e Japão) já adiantaram que pretendem ser ressarcidos o mais rapidamente possível pois temem uma forte desvalorização do dólar (que é o mais certo).

E como os EUA vão pagar?
Os Chineses e os Japoneses já não aceitam mais dólares pois estes são actualmente como as notas do Monopólio, não são sustentados por nada de valor (como o ouro e a prata), são apenas papel impresso.
Os EUA não possuem ouro, este desapareceu.

A farsa era ‘se levantarem o tecto da dívida a economia tem a oportunidade de crescer’ (semelhante ao que está a acontecer na Europa).

Ora se os EUA têm a maior dívida externa e estão na bancarrota quem lhes vai emprestar dinheiro?
Ninguém. Eles têm a particularidade de poderem fabricar (imprimir) dinheiro. Estes dólares sem qualquer valor são cada vez menos aceites no mercado externo. Assim deverão ser injectados no mercado interno o que provocará um disparo na inflação.

Não há volta a dar. Todos estes artifícios e esquemas apenas estão a retardar o inevitável – a ruína e o desmantelamento do sistema.

Boa vida!

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