segunda-feira, 25 de junho de 2012

CRIMEN SOLLICITATIONIS

Crimen Sollicitationis O DOCUMENTO


Crimmen Sollicitationis foi escrito em 1962 em latim o foi distribuído pelos bispos por todo o mundo que estão obrigados a manter secreta a sua existência.


Crimmen Sollicitationis foi imposto durante 20 anos pelo Cardeal Joseph Ratzinger antes de se ter tornado o Papa.

Em 2001, enquanto Cardeal, ele emitiu um edital secreto do Vaticano a todos os bispos de todo o mundo, dando-lhes instruções para colocar os interesses da Igreja acima da segurança das crianças.


Ele dá instruções aos bispos de como lidar com alegações de abusos sexuais de menores contra padres.
Dá instruções de como lidar com padres que solicitem sexo no confessionário e refere-se também a "qualquer acto obsceno externo... com jovens de ambos os sexos."
Impõe uma jura de segredo à vítima, ao padre que está a lidar com a alegação e às testemunhas.
A quebra desse juramento significa a excomunhão da Igreja Católica.


Um documentário da BBC de 2006, denunciou que o Papa Benedito XVI, ou Cardeal Ratzinger, teve uma participação relevante na ocultação sistemática dos abusos sexuais de menores perpetrados por padres da Igreja Católica.


O documento recomendava que em vez de relatar o caso de abuso sexual às autoridades competentes, os bispos deveriam encorajar a vítima, testemunhas e o violador a não falarem sobre isso. e, para manterem as vítimas quietas, eram ameaçadas com a excomunhão caso repetissem as suas queixas.


Programa Panorama da BBC news
29 SET 2006
Crimes Sexuais e o Vaticano
Um documento secreto que estabelece um procedimento para lidar com escândalos de abuso sexual infantil dentro da Igreja Católica é examinado pelo programa Panorama.
Crimem Sollicitationis foi aplicado por 20 anos pelo Cardial Joseph Ratzinger antes de se tornar o Papa.
Ele instrui os bispos sobre como lidar com alegações de abuso infantil contra padres e foi visto por poucas 'pessoas de fora'.
Os críticos dizem que o documento tem sido usado para evitar processos por crimes sexuais.
Crimem Sollicitationis foi escrito em 1962 em Latim e dado aos bispos católicos de todo o mundo que estão obrigados a mantê-lo trancado no cofre da igreja.

Ele dá-lhes instruções em como lidar com padres que solicitem sexo no confessionário. Lida também com "qualquer acto obsceno externo... com jovens de ambos os sexos."
Impõe um juramento de silêncio à vítima, ao padre que está a lidar com a alegações e a quaisquer testemunhas.
A quebra do juramento significa a excomunhão da Igreja Católica.
Ao fazer a reportagem para o Panorama, Colm O'Gorman encontrou-se com sete padres acusados de abusos sexuais de menores que vivem dentro e em redor da cidade do Vaticano.
Um dos padres, Padre Joseph Henn, foi indiciado em 13 acusações de abuso sexual por um grande júri nos Estados Unidos.
Durante a filmagem de Crimes Sexuais e o Vaticano, Colm encontrou o padre Henn quando este estava a lutar contra as ordens de extradição a partir da sede desta ordem religiosa no Vaticano.


O Vaticano não o obrigou a regressar aos Estados Unidos para enfrentar as acusações. Depois das filmagens, o padre Henn perdeu a luta contra a extradição mas fugiu da sede e acredita-se que está escondido em Itália enquanto há um mandato de captura internacional contra ele.


Colm O'Gorman foi violado por um padre católico na diocese de Frens no Condado de Wexfor na Irlanda quando tinha 14 anos de idade.
O padre Fortune foi acusado de 66 crimes de abuso sexual, assalto indecente e outras ofensas sexuais graves relacionadas com oito rapazes mas suicidou-se na véspera do seu julgamento.
Colm começou uma investigação com a BBC em Março de 2002 que levou à resignação de Dr Brendan Comiskey, o bispo que liderava a diocese de Ferns.
Colm pediu então uma investigação do governo que levou ao Relatório Ferns.
Foi publicado em Outubro de 2005 e encontrou: "Uma cultura de segredo e de medo do escândalo que levou os bispos a colocarem os interesses da Igreja Católica acima da segurança das crianças."
A Igreja Católica tem 50 milhões de crianças na sua congregação em todo o mundo e nenhuma política universal de protecção embora exista no Reino-Unido o Escritório Católico para a Protecção de Crianças e de Adultos Vulneráveis.
Em alguns países isso significa que Crimen Sillicitationis é a única política permitida.
O Vaticano recusou pedidos reiterados de Panorama para comentar qualquer dos casos relatados no filme.
Tradução: OxV.


Panorama: Crimes Sexuais e o Vaticano passou na BBC em 1 de Outubro de 2006.



O que é assustador e que o documentário denuncia é que não se tratam apenas de casos pontuais de algumas 'ovelhas negras' aqui e ali, mas de um fenómeno epidémico verificado por todo o mundo.
Por que será que isto acontece? Será apenas por covardia, escolhendo as suas vítimas entre os mais vulneráveis e desprotegidos? 
E por que o Vaticano em vez de proteger as vítimas e excomungar os criminosos, faz exactamente o oposto? Será apenas por receio de um escândalo?


Os críticos falam que Crimmen Solicitationis é uma forma de obstrução à justiça. Mas penso que estão a ser demasiado brandos. 
As consequências nefastas desta 'ordem secreta' são vastas, criminosas e imorais porque não só dão cobertura a um crime horrendo como incentiva a sua continuidade.
Não se trata apenas de obstrução à justiça mas de cumplicidade em todos os crimes.


Boa Vida!

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